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Engenheiro da Uber se suicida e família culpa ambiente de trabalho


Engenheiro da Uber se suicida e família culpa ambiente de trabalho


A Uber está sendo processada nos Estados Unidos sob a alegação de que sua cultura empresarial levou um funcionário a cometer suicídio em agosto do ano passado. O caso é o mais grave até agora em uma soma de revelações sobre o ambiente de trabalho proporcionado pela companhia, comandada por Travis Kalanick, que já viu seu nome envolvido em uma série de denúncias de assédio moral e sexual.
A pessoa em questão é Joseph Thomas, um engenheiro que chegaria aos 34 anos na semana seguinte ao ocorrido. No dia fatídico, sua viúva, Zecole, voltava da escola, onde deixara os filhos, quando notou que o marido estava sentado dentro do carro parado na garagem. Foi só quando entrou para se sentar no banco do carona que ela notou o sangue: Joseph havia atirado em si próprio. A morte veio dois dias depois, no hospital.
Zecole disse em entrevista ao San Francisco Chronicle que o marido vinha reclamando há meses do estresse causado pelo ambiente da Uber, o que foi corroborado pelo pai de Joseph e por um amigo chamado Neil Mirchandani, com quem ele teve uma conversa sombria pelo Facebook.
"As palavras de um homem não podem descrever direito. Não estou morto, mas eu não me descreveria como OK", escreveu Joseph a Mirchandani. "A parte triste é que esse lugar [a Uber] me quebrou ao ponto em que eu não tenho forças para procurar outro emprego."
Nas semanas que antecederam o suicídio, Joseph procurou dois psiquiatras diferentes, e os registros médicos também confirmam que ele estava com problemas relacionados ao trabalho, coisas como ansiedade aguda, ataques de pânico, insônia e dificuldade de concentração.
O engenheiro pediu à Uber que cobrisse suas despesas médicas, mas a empresa se recusou. Como explica o SFChronicle, na Califórnia, a lei não obriga as empresas a fazerem compensações psiquiátricas antes que o funcionário complete seis meses de casa, e Joseph tinha pouco menos de cinco quando se matou. Mesmo assim, o advogado da família argumenta que a companhia deveria ter atendido o funcionário porque a lei também diz que há uma exceção: "Se o dano psiquiátrico é causado por uma condição trabalhista repentina e extraordinária."
De imediato, a Uber se recusou a demitir o chefe de Joseph. Se perder o caso, que ainda está no começo, a companhia pode ter de pagar indenizações que chegam a US$ 722 mil, parte à vista e o restante em cheques semanais de US$ 1.100 até que os dois filhos, hoje com 7 e 9 anos, completem 18.
Fonte: Olhar Digital

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